Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer; Apocalipse 1:19

quinta-feira, 2 de março de 2017

Infância


Olha que viajem...

Que saudade de quando acordava para tomar café com leite e pão com manteiga, vendo caverna do dragão seguido de She-Ra e He-Mam, depois ia para rua brincar, apertar as campainhas e sair correndo, saudade de ir para escola sozinho caminhando, ouvir o sinal do recreio e correr para a cantina para comprar laranjinha e mira-bel, de chegar correndo em casa, comer algo e se reunir novamente para jogar bola de gude ou soltar pipa. Que saudade de ficar fazendo carrinho de rolimã, carretas de lata de leite ninho ou garrafa de água sanitária, de jogar biloquê, ioiô, bate-bate, mola maluca, só esperando a noite chegar para tomar banho, colocar aquela roupa maneira e ir brincar de bandeirinha, garrafão, pic esconde, pic pega ou salada mista, rss. Que saudade de pegar a fruta no pé pq cada época era uma fruta diferente, goiaba, manga, cajá, amora, jamelão. Tempo bom em que ficávamos até tarde na rua rindo, zoando, embalados por aquela paquera que só de nos olhar, o coração acelerava. Saudade das festinhas em que cada um tinha que levar uma coisa. Não tínhamos PlayStation, X-Box, computador, sky, telefone. Nosso maior presente era um caderno novinho de 10 matérias, nos machucávamos jogando golzinho ou aprendendo a andar de bicicleta, quase sempre descendo morros e choravamos quando nossa mãe usava merthiolate. Sempre íamos comprar pão para o café da tarde e sentávamos para ver o chaves. Que alegria perturbar as meninas quando pulavam corda ou jogavam amarelinha, elas corriam atrás da gente gritando. Saudade de quando fazíamos intéra para comprar Fofura vermelha e Tobi. As vezes levávamos cascudos dos mais velhos pq queríamos ouvir a conversa deles, nossos pais nos disciplinavam com o que viam pela frente... Kkk... e não nos tornamos rebeldes por isso. Quando nosso pai dizia não, era não! Que saudade de ouvir minha mãe dizendo: "se eu achar vou esfregar na tua cara". Que saudade, que saudade de um tempo que não volta mais! Porém tenho tudo guardado dentro de mim num baú chamado coração!

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